domingo, 21 de fevereiro de 2016

IBM quer levar tecnologia do Bitcoin para além das transações financeiras



A IBM anunciou recentemente seus planos de aplicar a tecnologia por trás da criptomoeda Bitcoin na resolução de diversas questões logísticas – sem se ater, necessariamente, às transações financeiras. De acordo com o comunicado oficial da companhia, uma nova série de aplicativos/ferramentas deve transformar o padrão computacional conhecido como “block chain” em um conjunto de serviços para “criar, implantar, gerenciar e monitorar aplicações de contabilidade distribuída através do IBM Cloud”. De fato, a ideia de apostar mais amplamente no modus operandi do Bitcoin tem movido diversas companhias há mais de ano. Isso porque a contabilidade distribuída dos blockchains permite, simultaneamente, a descentralização de um banco de dados (independentemente da informação ali contida) e a possibilidade de checagem imediata por parte de qualquer membro de um mesmo grupo – por exemplo, o dos investidores em Bitcoins. A criptografia pertinente ao processo garante ainda segurança extra, já que apenas os integrantes diretamente envolvidos em uma parcela do encadeamento conseguem ter acesso às informações. Ademais, cada nova transação em uma seguência emite uma nota criptográfica de segurança, a qual pode ser verificada por qualquer membro do grupo. À prova de erros (e de malícia) Conforme mencionado, a aposta da IBM parece algo bastante natural diante do interesse crescente do mercado, mesmo entre instituições financeiras mais tradicionais, como o mercado de ações. Afinal, além descentralizar a contabilidade, os blockchains ainda acabam por conferir maior segurança e confiabilidade aos processos. Isso porque todos os envolvidos em uma transação poderiam efetuar duas verificações para cada transferência – de saída e de entrada, como em um livro de contabilidade, o que forma o “encadeamento” –, tornando os processos mais blindados contra erros ou a eventual malícia de algum envolvido. Recentemente, um grupo de nove instituições bancárias formou um consórcio chamado R3, cuja ideia é encontrar formas de descentralizar alguns bancos de dados. Também a operadora de créditos MasterCard afirmou que “estuda cuidadosamente” a aplicação dos conceitos de blockchain. Finalidades não-monetárias Mas a IBM pretende, de fato, transcender o nicho das transações financeiras. Para a companhia, uma infinidade de processos logísticos poderia se beneficiar da descentralização oferecida pelas blockchains. Conforme contou um representante da companhia ao site ars technica, uma aplicação possível seria o controle de uma transportadora. Basicamente, se alguém quer transportar alimentos, por exemplo, as companhias vinculadas poderiam “aplicar as resoluções contratuais e audições caso, digamos, uma remessa de comida tenha chegado estragada, permitindo a verificação da temperatura do container ao longo de todo o processo de entrega”. O funcionamento, no caso, se basearia em verificações constantes do processo via identificação por rádio frequências (RFID, na sigla em inglês). Em semelhante cenário, as tags e sensores gravariam a temperatura, a localização e quaisquer outros dados estatísticos que precisem ser transmitidos de um ponto a outro da cadeia, formando a contabilidade distribuída. “É uma única fonte de verdade que pode ser compartilhada por todos os membros, podendo ser aplicada a uma enorme variedade de indústrias”, disse o porta-voz ao referido site. Ele continua: “Quando todos os participante em interação tiverem uma contabilidade atualizada que reflita as mudanças e transações mais recentes, isso permitirá que as organizações cortem intermediários e firmem contratos de forma muito mais rápida”. Em outras palavras, “velocidade, visibilidade e registros imutáveis são as razões primárias pelas quais o blockchain fariam sentido em algumas aplicações industriais”. Linux Hyper Ledger Para conferir alguns nomes aos bois premiados em que aposta a IBM, a companhia contou ainda que tem contribuído com quantidades “significativas” de recursos para o Hyper Ledger, um projeto colaborativo da Linux Foudation que pretende desenvolver padrões de contabilidade distribuída. Embora nenhum valor tenha sido divulgado até o momento, a companhia revelou alguns números interessantes ao Ars Technica: 35 pesquisadores e engenheiros de software foram remanejados para a escrita de 44 mil linhas de código para o Hyber Ledger Project. Nada mal.

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2 comentários:

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